QUANDO A IDEIA SURGIU

Montar um estúdio sempre esteve nos planos juvenis do Thiago, sempre deslumbrado com estúdios, palcos, estruturas e backstage. Além do interesse por performance, o interesse pelo registro e pela criação de conceitos e direcionamento de ideias eram fortes nos sonhos de Delima.

A necessidade de se montar um espaço próprio se deu com o crescimento da coleção de tambores e outros instrumentos percussivos (maior paixão musical de Thiago); e daí então foram várias etapas. Dividir sala, alugar hora em espaço, até que veio a ideia de montar um espaço, em 2012, numa sala alugada, o que não se concretizou.

Ao surgir uma oportunidade familiar de investimento, em 2016, o sonho de montar um estúdio de ponta, que fosse espaço educacional e também promovesse acesso à informação e estrutura de qualidade para as pessoas se tornou real no papel, e o projeto começou a ser desenvolvido.

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COMO FOI O INÍCIO DO PROJETO

O Limacruz seria em outra sala, que surgiu após uma busca de 2 anos por uma local, no Setor de Rádio e TV Sul, o projeto foi iniciado da forma inversa, primeiro com a um projeto preliminar feita pela arquiteta Karine Cruvinel, com posterior contratação da Domingo Design (na época) para dar seguimento ao projeto, e desenvolver a marca, com o projeto pronto, procurou-se um engenheiro acústico para executar, e claramente, a ordem dos fatores não deu certo. Foi nesse processo que entendemos que o primeiro projeto deveria ser o acústico, e depois ajustar a arquitetura em cima. 

Os testes acústicos realizados pelo Engenheiro Acústico Rafael Cooke mostravam que aquele local não comportaria um estúdio para abrigar o Bloco das Divinas Tetas. Então começou uma nova busca pelo local ideal.

ENCONTRANDO AS SALAS

Encontrar as salas atuais do Lima Cruz foi uma busca que levou mais de 1 ano e meio. Mas em uma visita surgiu esse anúncio, preço em conta, e o Thiago foi lá ver. Quando chegou já vislumbrou algo inovador, e repleto de possibilidades. Um estúdio com salas separadas, unidas por cabos, que dobrasse a capacidade funcional do estúdio.

Com a visita do Eng, Rafael a ideia foi fechada. Esse seria o local do Limacruz. Um estúdio inovador voltado para a percussão. O mesmo escritório de arquitetura foi chamado para fazer um novo projeto, mas dessa vez totalmente integrado à acústica e ao projeto de áudio, realizado pelo Eng. Guy Felipe. Nesse momento o escritório tinha mudado de nome para CHOQUE, arquitetura e Design, comandada pelo Dimitri e pela Simone.

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A VISÃO DAS SALAS SEPARADAS

A ideia das salas desacopladas se fortaleceu após uma gravação que o Thiago fez no estúdio do Dado Villa-lobos, no Rio de Janeiro, com Aloizio e a Rede. Esse estúdio em espacial fica numa casa próxima ao Jardim Botânico, é uma casa comprida com um pé-direito alto, a sala master foi construída no segundo andar, com uma visualização da sala de gravação através de câmeras, esse sala foi uma das inspirações para o Limacruz.

Isso possibilitaria várias coisas, ter duas atividades simultâneas, uma em cada sala, ter uma audição do material captado pelos microfones sem a interferência de vazamentos consideráveis através do vidro, mais conforto para músicos e técnicos e um ambiente em que as pessoas se sentissem mais à vontade com a gravação, sem a pressão de ter alguém te olhando através de um vidro.

Com esse pensamento Thiago e sua família seguiram em frente com o projeto ousado e inovador, porém com muita certeza de fazer ele funcionar da melhor forma possível.

PLANTAS

 

A construção seguiu conforme os projetos, e quase dois anos de construção, instalação, tratamento acústico e marcenaria, o Limacruz fica pronto, e abre suas portas em janeiro de 2020.

OBRA

Foi necessário quebrar e construir paredes, refazer o piso, colocar novo forró. Construir a infraestrutura para cabeamento, aumentar a carga elétrica dos quadros, e puxar novo acesso de energia elétrica. O estúdio precisou ter um aterramento próprio pois o prédio não possui aterramento eficiente.

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